Estudo market share de bancos 2021:  como a descentralização e a digitalização impactam bancos tradicionais

Em 3 anos, instituições bancárias tradicionais têm queda de 43% em transferências feitas no Brasil.

Highlights do Estudo  

  •  Bancões perdem 43% de mercado em três anos, considerando pessoas físicas e jurídicas 
  • Pessoa física: bancões perdem 44% do mercado em quatro anos
  • Pessoa jurídica: bancões perdem 33% do mercado em quatro anos
  • Pix como potencial acelerador do crescimento dos novos bancos
  • Cenário de cobranças: destaque para Nubank em pessoa física e para Itaú em pessoa jurídica
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Os últimos anos foram decisivos para a evolução dos meios de pagamento no Brasil, o avanço da tecnologia no setor impulsionou inúmeras mudanças. Algumas limitações como horário e lugar deixaram de existir e isso multiplicou as possibilidades de fazer o dinheiro circular, para além do papel moeda. Os passos foram adiantados com mais um fator: a pandemia. A indústria de pagamentos foi muito afetada, o que obrigou o movimento do dinheiro para os pagamentos digitais. O cenário já interfere no market share das instituições bancárias.  

As pessoas e as empresas estão cada vez mais escolhendo se relacionar com bancos digitais, e essa descentralização e digitalização dos serviços tem impactado as instituições tradicionais. 

Mecanismos de compartilhamento e integração, como PIX e open banking, trazem um novo desafio aos bancos tradicionais, que hoje concorrem com estruturas ágeis e inovadoras por definição, neobancos e fintechs. 

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Os últimos anos foram decisivos para a evolução dos meios de pagamento no Brasil, o avanço da tecnologia no setor impulsionou inúmeras mudanças. Algumas limitações como horário e lugar deixaram de existir e isso multiplicou as possibilidades de fazer o dinheiro circular, para além do papel moeda. Os passos foram adiantados com mais um fator: a pandemia. A indústria de pagamentos foi muito afetada, o que obrigou o movimento do dinheiro para os pagamentos digitais. O cenário já interfere no market share das instituições bancárias.  

2020 foi um ano de grande expansão para as startups que atuam no setor financeiro, mesmo com os desafios da pandemia da covid-19. Segundo o relatório “2021 Global Fintech Rankings”, produzido pela Findexable em parceria com a Mambu, fintech alemã de soluções bancárias na nuvem, o Brasil se consolidou como um dos grandes ecossistemas de fintechs mundialmente: o país alcançou a primeira posição da América Latina, além disso, subiu cinco posições no ranking global, alcançando a 14ª colocação.

A nível mundial, ainda de acordo com o mesmo relatório, o número de fintechs que são unicórnios (startups com uma avaliação de mais de US$ 1 bilhão) aumentou de 61 em abril de 2020 para 108 em abril de 2021.  

Com um sistema financeiro historicamente burocrático e engessado, o Brasil possui um terreno fértil para as fintechs, que propõem automatizar rotinas e resolver lacunas que os grandes bancos não priorizam. 

Dessa forma, o crescimento dessas empresas nos últimos anos é consequência das diversas lacunas que as instituições, especialmente as de grande porte, não conseguem cobrir devido à falta de agilidade nos serviços. 

No atual cenário de meios de pagamento no Brasil, para que uma empresa se mantenha competitiva, é imprescindível que ela opere no digital. O movimento do dinheiro para os canais digitais já não se enquadra como um diferencial, mas, sim, como uma obrigação, um caminho sem volta. As fintechs se destacam justamente por possuírem soluções majoritariamente digitais, o que torna os negócios escaláveis, permitindo que ofereçam funcionalidades cada dia mais abrangentes aos clientes”.

Fernando Nunes, cofundador e CEO da Transfeera.  

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Em contrapartida ao avanço das fintechs e dos bancos digitais — instituições financeiras que funcionam de forma online, em que tudo o que o cliente precisa pode ser feito virtualmente, incluindo a abertura de contas —, o market share de bancos tradicionais em relação às transferências online vêm diminuindo. Será que veremos os grandes bancos recuperarem mercado ou devemos nos preparar para um cenário totalmente novo?  

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Os grandes bancos estão acompanhando as mudanças mas tendem a se mover mais lentamente em função do peso do legado e do aculturamento de uma enorme massa de clientes de várias gerações, o que em ciclos tão acelerados de transformação se torna um ônus e risco de perda de competitividade”, comenta

 

Carlos Augusto de Oliveira, CEO da CertDox e Fintech Board Member da VC BossaNova.  

  Estudo aponta o encolhimento do market share de bancos tradicionais nas transferências online

  Um levantamento realizado pela Transfeera, fintech de gestão e processamento de pagamentos, cobranças e validação de dados bancários, comprova que os bancos tradicionais têm perdido espaço frente aos bancos digitais. As informações pertencem à base de dados da fintech e são referentes a pagamentos e validações de micro depósito realizadas com sucesso.  

Em 3 anos, instituições bancárias tradicionais têm queda de 43% em transferências feitas no Brasil

Até janeiro de 2018, 96% dos pagamentos realizados por meio da solução de automação de pagamentos da Transfeera, se concentravam nos cinco maiores bancos brasileiros: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander. Já em agosto de 2021, cerca de 53% dos pagamentos tinham como destino os cinco maiores bancos — uma queda de 43% em quatro anos, considerando pessoas físicas e jurídicas.   

A queda dos bancos tradicionais é um contraponto ao crescimento da Nubank, que em Agosto de 2021 representou quase 20% do total de pagamentos realizados pela Transfeera, seguido do Banco Inter, com 6%.  

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Bancos tradicionais perdem mercado

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Na comparação, a Caixa Econômica foi o banco que mais perdeu espaço: em abril de 2017, representava 40% das transações da Transfeera, já em agosto de 2021, não passou de 14%. O Santander perdeu espaço também, passando de 30% para 11%.  

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Bancos tradicionais perdem mercado

 

 

O estudo analisou um montante de 6.276.202 transferências bancárias, realizadas entre abril de 2017 e agosto de 2021. Do total, 4.655.573 foram para pessoas físicas, 1.620.629 e para jurídicas.

Market share de bancos para pessoas físicas: Nubank expande, grandes bancos perdem 44% em quatro anos

 Considerando apenas transações feitas para pessoas físicas, em abril de 2017, os grandes bancos representavam 100% das transações na Transfeera, em agosto de 2021, representaram 56%, uma queda de 44% em quatro anos. Em contrapartida, o Nubank acelera, com 22% das transações em agosto de 2021. 

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Comparativo dos grandes bancos com os demais bancos de 2017 a 2021 - PF

 

Dos grandes bancos — Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander — quem perdeu mais espaço foi a Caixa Econômica: em abril de 2017, representava 40% das transações e em agosto de 2021 passou a representar 16%. 

O Banco do Brasil também encolheu: em julho de 2017 representava 16%, em agosto de 2021 não passou de 8%. Bradesco e Itaú também sofreram queda, por outro lado, o Santander se mantém estável.

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Banco do Brasil perde mercado

 

 

Market share de bancos para pessoas jurídicas: Itaú perde 50% em quatro anos

No cenário de transferências para pessoas jurídicas, em junho de 2017, o Itaú representava 60%, agosto de 2021 caiu para 10% — perdendo 50% do market share em quatro anos.  A Caixa Econômica também reduziu a participação: caiu de 27% em agosto de 2017 para 4% em agosto de 2021. Quem se mantém estável é o Bradesco.

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Itaú perde 50% em quatro anos

 

 

Em junho de 2017, os bancões representavam 80% das transações para pessoas jurídicas e em agosto de 2021, caíram para 47%. No cenário digital, Banco Inter e Nubank aceleram.

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Comparativo dos grandes bancos com os demais bancos de 2017 a 2021 - PJ

 

 

Pix como potencial acelerador do crescimento dos novos bancos

O Pix impulsionou ainda mais a digitalização dos bancos, a grande revolução é o fim da burocratização de um mercado regido pelos horários fixos do setor financeiro. O sistema tornou obrigatória a digitalização, e, a cada dia que passa, os meios de pagamento se tornam uma fase mais importante da experiência de compra do consumidor. 

Dessa forma, o Pix está preparando as instituições para o open finance, que, se adotado rapidamente pela população, também pode afetar diretamente a rentabilidade dos bancos tradicionais e dar mais espaço para as empresas nativas digitais do setor de finanças.  

Mesmo quando tecnicamente prontos, existe uma evidente cautela dos Bancos na migração para os serviços digitais porque muita coisa está em jogo, especialmente o risco de perda significativa de receita de tarifas de serviços provocado pelo Pix, comenta Carlos Augusto de Oliveira, CEO da CertDox e Fintech Board Member da VC BossaNova

  Na operação da Transfeera, o Pix caracteriza-se como um sistema bastante democrático, com a participação de muitas instituições, entretanto, o Nubank concentra a maioria.

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Ascensão do Nubank no Pix

 

 

Cenário de Cobranças: pessoa física

  Em abril de 2021, a Transfeera passou a oferecer contas Pix, que possibilitam a cobrança de dinheiro pelas empresas clientes (cash in). No cenário de cash in recebidos de pessoa física por banco, o Nubank (25%) é destaque, seguido por Itaú (9.8%) e Bradesco (9.4%), respectivamente. 

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Nubank também lidera o cenário de cobranças via Pix para Pessoas Físicas

 

 

  Cenário de Cobranças: pessoa jurídica

  No cenário de cash in recebidos de pessoa jurídica por banco, em maio de 2021, 100% da operação era dominada pelo Santander. Em agosto de 2021, Itaú (13%) e Bradesco (10%) lideram, seguido por Banco Inter (9.68%) e Nubank (9.32%). 

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Crescimento no cenário de cash in por empresas

 

 

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Criada em 2017, em Joinville, Santa Catarina, a Transfeera é uma plataforma completa de gestão e processamento de pagamentos, cobrança e validação de dados bancários para empresas. A fintech passou pelo Programa de Capacitação do Startup SC, do Sebrae (2017), pelo InovAtiva Brasil (2017), e já foi incubada pela Softville. 

ambém fez parte da segunda edição do programa de aceleração da Visa, no Vale do Silício (2019), e do Scale-Up Endeavor (2020 e 2021). Atualmente com mais de 360 clientes em todo o Brasil, foi eleita startup revelação, em 2020, pelo Startup Awards, da ABStartups, principal premiação do setor no Brasil.